28 de mai. de 2010

Poesia Brasileira


Sentimos a crise do paradigma sociocultural da Modernidade, sob os efeitos, portanto, do colapso das expectativas. Numa visão retrospectiva, temos que o Romantismo entronizou o individualismo e as manifestações subjetivas do “eu”, disposição do espírito que passou às vanguardas e ao Modernismo.

Mas, nas várias circunstâncias, o paradigma se exprime sob a forma de um cânone que pode ser considerado como sua fração menor.

Na fase atual da poesia brasileira, o que se nota é um aspecto mais fragmentário do que na era do culto do “eu’, de vez que a crise do paradigma representa a erosão do sistema literário. Deste modo, desligado do cânone e desfeito o sistema da literatura, o poeta se sente numa espécie de aurora da gênese, ou seja, liberto de qualquer regra ou convenção literária.

Todavia, como a arte é comunicação e, de certo modo, intersubjetividade, reconstituíram-se certas práticas tribais no dorso do grande gigante urbano. Pequenos núcleos, pequenas publicações, revistas e jornais, acolhem grupos emergentes ante a inércia cultural dos grandes veículos da imprensa, comandados pelo mercado e pela indústria do lucro. Nada há de inocente ou experimental na grande imprensa, mas o desmonte programado das práticas não utilitárias. O pior é que as universidades espelham-se nos jornais capitaneados, quase sempre, por jornalistas e escribas “funcionais”, prisioneiros das regras elementares do sensacionalismo comercial.

E os poetas? Distinguem-se por duas vias tradicionais: o apuro técnico e o respeito pela tradição. Quando leio poetas como Marco Lucchesi, Ivan Junqueira, Armando Freitas Filho, Luiz F. Papi, Lêdo Ivo, Ferreira Gullar, Affonso Rommanno de Sant’Annna, Marina Colasanti, Foed Castro Chamma, Hilda Hilst, Renata Pallottini, Dora Ferreira da Silva, Mário Chamie, Lenilde Freitas, Marcos Accioly, César Leal, Majela Colares, Virgílio Maia, Francisco Carvalho, Jorge Tufic, Nauro Machado, Arlete Nogueira da Cruz, José Chagas, João de Deus Paes Loureiro, Ruy Espinheira Filho, Ildásio Tavares, Miriam Fraga, Sérgio Castro Pinto, Marcos de Farias Costa, Carlos Nejar, Dois Santos dos Santos, Leonor Scliar-Cabral, Alcides Buss, Manuel de Barros, Raquel Naveira, Aricy Curvello, Yeda Prates Bernis, Adélia Prado, Edimilson de Almeida Pereira, Alberto da Costa e Silva, Stella Leonardos, Roberto Piva e tantos outros do mesmo nível, convenço-me da diversidade de manifestações, mas de consciência literária da melhor qualidade. Todas ausentes de um cânone. Ficam de fora centenas, senão milhares de poetas, lúcidos alguns, muitos ingênuos, distantes todos de qualquer classificação tendencial. Em suma, o panorama da poesia brasileira contemporânea assemelha-se a uma imensa constelação de estrelas solitárias, cada qual com o seu brilho e a sua trajetória.

Sobre o autor:

Fábio Lucas é escritor, crítico, membro da Academia Paulista de Letras e Presidente do Conselho da União Brasileira de Escritores. Ex-Diretor do Instituto Nacional do Livro. Apontado como um dos mais importantes críticos e conferencistas internacionais de literatura brasileira.

http://www.kplus.com.br/materia.asp?co=158&rv=Literatura

24 de mai. de 2010

TATUAGEM







Tatuei o teu nome em minha alma,

o teu cheiro em meu corpo,

o teu sorriso em meu olhar.

Tatuei para sempre em meu coração aquele encontro

Momento insano, momento mágico, momento único.

Nosso encontro, apenas nosso

Um momento, um instante

Todo o Universo como testemunha

Mas nosso, unicamente nosso.

O tempo não poderá apagar
o que o destino
despertou com tanto encanto.
Guardarei-o na lembrança

tatuado em meu corpo, em meu coração, em minha alma

até nosso próximo encontro...

nas estrelas.

18 de mai. de 2010

Bem Querer


Composição: Mauricio Manieri

Uh, uh, uh, baby
Eu ontem tive um sonho
Sonhava que você
Beijava a minha boca, era tão bom
Ia deslizando no meu corpo
E me deixando louco
Pena que isso tudo era só sonho
O quê que eu faço se é você que eu venero
Ainda te amo, meu amor, ainda te quero
Sem você não vivo nem um segundo
Sem teu amor fico perdido no mundo
Como era bom, amor, te ver sorrindo
Ah, ah, que lindo, que lindo
E ter você, paixão pra vida inteira
Te carinhar, minha linda sereia

Vem me dar seu amor
Vem que eu quero você
Meu bem querer (2x)

Uh, uh, uh, baby
Não é mais sonho nada
Em plena madrugada
Você vem surgindo toda nua
Linda, cabelo contra o vento
Tornando o meu momento
Cheio de beleza e fantasia

O quê que eu faço se é você que eu venero
Ainda te amo, meu amor, ainda te quero
Sem você não vivo nem um segundo
Sem teu amor fico perdido no mundo
Como era bom, amor, te ver sorrindo
Ah, ah, que lindo, que lindo
E ter você, paixão pra vida inteira
Te carinhar, minha linda sereia

Vem me dar seu amor
Vem que eu quero você
Meu bem querer (3x)

Baby, o sonho acabou
Ainda amo você
Meu bem querer

http://mauriciomanieri.uol.com.br/


jesseluciano

14 de mai. de 2010

Literatura Feminina






“ A sensibilidade feminina, sem violências extremas na área da mera aparência formal, tem contruído fortemente para fixar um campo original de inquietação poética, de apreensão deslumbrada de novos mundos, de afirmação superior da mulher na sociedade contemporânea. Dentre os muitos nomes, em todo o Brasil, que mereceriam citação, lembro Laís Correa de Araujo, Celina Ferreira, Renata Pallottini, ... Lara de Lemos. A enumeração é apenas ilustrativa. Considere que, no momento, a figura da mulher se expande no contexto cultural brasileiro. As universidades, as faculdades de Letras, os veículos de comunicação de massa, a própria produção literária estão gradualmente passando da hegemonia masculina para a predominância feminina.”

(Fábio Lucas, crítico literário)


SAIBA MAIS

12 de mai. de 2010

10ª Feira do Livro de Ribeirão Preto




De 10 a 20 de junho de 2010, a cidade de Ribeirão Preto receberá a 10ª Feira do Livro, considerada um dos maiores eventos literários do país e um dos maiores eventos a céu aberto do mundo. A Feira conta com público de mais de 400 mil pessoas, além de uma programação artística e musical variada e gratuita. Neste ano, terá participações de Gilberto Freyre, Nádia Gotlib, Marylene Baracchini, Ziraldo.

9 de mai. de 2010

Rosa Azul




Gota de cristal

Rosa Azul

Nobre Dama

Que bela visão

numa manhã chuvosa!


Flor

Perfumada

Singela

Preciosa...


Flor de mim

Flor da minha alma

Beleza indomada

Rara

Soberana

de tantos encantos...


Suntuosa Rosa


A iluminar

a luz do sol.


Flor da minha alma

Espelho de mim.


7 de mai. de 2010

Artista Inconfessável








Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não fazer para esquecer
que é inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é inútil, e bem sabendo

que é inútil e que seu sentido
Não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil do que não fazer,
e dificil
mente se poderá dizer
com mais direito ao leitor
Ninguém
que o feito o foi para ninguém.

(
João Cabral de Melo Neto)

5 de mai. de 2010

O artista inconfessável


Documentário produzido pela editora Alfaguara
para comemorar o relançamento da obra
do poeta João Cabral de Melo Neto,
com depoimentos de Luis Fernando Verissimo, Chico Buarque,
Lázaro Ramos, Ferreira Gullar, Adriana Calcanhotto,
Carlos Heitor Cony, Adélia Prado e outros.



hugemess 25 abr. 2008


hugemess 25 abr. 2008


2 de mai. de 2010