29 de nov. de 2010
Um minuto com José Saramago
"Cada dia traz sua alegria e sua pena, e também sua lição proveitosa."
"O talento ou acaso não escolhem, para manisfestar-se, nem dias nem lugares."
"A virtude, quem o ignorará ainda, sempre encontra escolhos no duríssimo caminho da perfeição, mas o pecado e o vício são tão favorecidos da fortuna que foi ela chegar e abrirem-se-lhe as portas do elevador."
"Ser-se homem não deveria significar nunca impedimento a proceder como cavalheiro."
"Há coisas que nunca se poderão explicar por palavras."
"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais."
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar."
(José Saramago)
"O talento ou acaso não escolhem, para manisfestar-se, nem dias nem lugares."
"A virtude, quem o ignorará ainda, sempre encontra escolhos no duríssimo caminho da perfeição, mas o pecado e o vício são tão favorecidos da fortuna que foi ela chegar e abrirem-se-lhe as portas do elevador."
"Ser-se homem não deveria significar nunca impedimento a proceder como cavalheiro."
"Há coisas que nunca se poderão explicar por palavras."
"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais."
"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar."
(José Saramago)
24 de nov. de 2010
15 de nov. de 2010
10 de nov. de 2010
Crucificar Monteiro Lobato?
"Que não comece entre nós, banindo um livro infantil do mais brasileiro dos nossos escritores, uma onda do mal, uma nova caça às bruxas, marca de vergonha para nós."
No curso de uma vida somos submetidos a muita insensatez e muita tolice. Nem tudo é Mozart ou Leonardo da Vinci, carinho de amigos e filhos, abraço de pessoa amada. Então, a gente vai ficando calejado, para não expor demais a alma como alguém a quem retiraram a pele, e a quem a mais leve, mais doce brisa parece um fogo cruel. Pois nestes dias me deparo na imprensa com algo que rompeu minhas defesas e me fez duvidar do que estava lendo. reli, mais de uma vez, em mais de um jornal, e ali estava: querem banir das escolas um livro (logo serão todos, logo serão de muitos autores, não importa por que motivo for) de Monteiro Lobato, porque alegadamente contém alusões racistas.
Ora, gente, eu fui nutrida, minha alma foi alimentada, com duas literaturas na infância: os contos de fadas de Andersen e dos irmãos Grimm, e Monteiro Lobato. Duas culturas aparentemente antípodas, mas que se completavam lindamente. Narizinho e Pedrinho moravam no meu quintal. Emília era meu ídolo, irreverente e engraçada. Dona Benta se parecisa com uma de minhas avós, e tia Nastácia era meu sonho de bondade e aconchego. Eu me identificava mais com elas do que com as princesas e fadas dos antiquíssimos contos nórdicos, porque jabuticaba, bolinho, bichos e alegria eram muito mais próximos de mim do que as melancólicas histórias de fadas e bruxas – raiz da minha ficção.
Toda essa introdução é para pedir às autoridades competentes: pelo amor de Deus, da educação e das crianças, e da alma brasileira, não comecem a mexer com nossos autores sob essa desculpa malévola de menções a racismo. Essa semente terá frutos podres: vamos canibalescamente nos devorar a nós mesmos, à nossa cultura, à nossa maneira de convivência entre as etnias.
Com esse perigosíssimo precedente, vamos começar a “limpar”, isto é, deformar muitos livros. Japoneses, árabes, alemães, italianos, poloneses, índios e negros (ou não posso mais usar essas palavra?) sofrem ou podem sofrer ataques racistas. Isso é motivo de penalidades da lei para os racistas, se for o caso. Racismo dói, eu sei disso. Quando menina, certa vez um grupo de crianças nem louras nem de olhos azuis me cercou no pátio da escola, e elas dançavam ao meu redor cantando “alemão batata come queijo com barata”. Não gostei. doeu-me. Hoje acho graça: na hora não foi engraçado.
Mas por isso vamos cavoucar em livros de história e banir os autores – o que só se admite em casos claros de repugnante racismo, não importa contra que raça for, diga-se de passagem? Essa planta rasteira, que vai contaminar nossa cultura, tem de ser cortada pela raiz. Ou a caça às bruxas vai se disseminar feito peste, pois é uma peste, iniciando um processo multiplicador de maldades comandadas por inveja, ou seja o que for, destruir obras, vidas, memórias, e atacar sobretudo as almas infantis como insetos daninhos. Não permitam isso, autoridades responsáveis e competentes: uma vez iniciado, esse processo não terá fim.
O politicamente correto pode ser perigoso e hipócrita. Os meus olhos azuis, como os de um de meus filhos, e os olhos escuros dos outros dois, como os oblíquos dos japoneses e os olhos pretos dos árabes, são todos da família humana, muito maior e mais importante do que suas divisões raciais.
Nem comecem a dar ouvidos a essas buscas mesquinhas por culpados a ser jogados na fogueira: livros queimados foram um dos índices sinistros – ao qual nem todos deram a devida imprtância – da loucura nazista. Muita tragédia começa parecendo natural e desimportante: no início, achava-se Hitler um palhaço frustrado. Deu no que deu, e manchará a humanidade pelos tempos sem fim.
Que não comece entre nós, banindo um livro infantil de Monteiro Lobato, o mais brasileiro dos nossos escritores: será uma onda do mal, uma nova caça às bruxas, marca de vergonha para nós. Não combina conosco. Não combina com um dos lugares nesta conflitada e complicada Terra onde as etnias ainda convivem melhor, apesar dos problemas – devidos em geral à desinformação e à imaturidad: o Brasil.
6 de nov. de 2010
Porto Solidão
Esta é uma das mais belas canções já escrita,
Interpretada pela linda voz de Jessé.
Interpretada pela linda voz de Jessé.
Porto Solidão
Composição: Zeca Bahia e Gincko
Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...(2x)
Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...(4x)
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...
LuisRibeiroFoto | 19 jan. 09