30 de jan. de 2010

As Mulheres de Willian Shakespeare









Falar de Willian Shakespeare é falar de Elizabeth I. A obra do maior escritor da língua inglesa floresceu sob o reinado dessa mulher. Mulher forte, inteligente, culta, grande apreciadora de arte, principalmente do teatro. Graças a ela, Shakespeare teve a oportunidade necessária para mostrar o Grande Autor que era.


Shakespeare revolucionou o teatro. Oficialmente escreveu 37 peças, 154 sonetos, além de dois longos poemas narrativos (“Vênus e Adônis” e “A violação de Lucrecia”); no entanto há indícios de que tenha colaborado com uma série de outros. Sua obra é magnífica, poética, refinada, popular, completa. Em seus textos há magia, ação, essência humana. Podia ficar horas imersa em seu universo.


Navegou como poucos na natureza humana. Criou grandes personagens. Personagens tão ricos que transcendem as limitações do tempo. Tão marcantes que esquecemos que eles são apenas fictícios, tamanha é sua genialidade. Mergulhando no universo de Shakespeare, percebemos que a MULHER tem um papel de destaque. Seja na tragédia ou na comédia.


Desdêmona (Otelo, o mouro de Veneza), Cordélia (Rei Lear), Julieta (Romeu e Julieta), Helena (Tudo está bem quando termina bem / bom é o que bem acaba), Isabela (Medida por medida), Adriana (A Comédia dos erros); Catarina (A megera domada), Beatriz (Muito barulho por nada), Viola ( Noite de reis), Rosalinda (Como quiseres), Porcia, Jéssica e Nerissa (O mercador de Veneza), Hérnia e Helena (Sonho de uma noite de verão), Gertrude (Hamlet), Imogênia (Cimbeline), Ofélia... todas mulheres de Shakespeare.


As mulheres de Shakespeare têm a língua afiada e personalidade como a “Megera domada”. Podem ser decididas e autoconfiantes. Encantadoras como Julieta ou submissas e obedientes como Desdêmona. Possui qualidades masculina e feminina. Ser independentes, com traços feministas como Catarina e Beatriz. Ou extremamente ambiciosas como Lady Macbeth (Macbeth). Também podem ser doces e castas como Marina (Péricles) e Miranda (A tempestade). As mulheres de Shakespeare são apaixonadas e dispostas a lutar por seu amor como em "Os dois cavalheiros de Verona" . Vestir-se de homens, transgredir costumes, participar de jogos políticos, passar-se por loucas. As mulheres de Shakespeare possuem inúmeras facetas. São inusitadas, enigmáticas, únicas.


Quem não conhece a história dos amantes de Verona? Uma história real que ganhou notoriedade nas mãos do escritor inglês. Julieta, a doce Julieta. A menina que se tornou uma mulher capaz de transgredir convenções em defesa de seu amor. Um amor eternizado.

Julieta é uma das personagens mais popular e desafiadora de Willian Shakespeare. Uma mulher forte, decidida e ativa, que desconhecia sua força até se apaixonar.Já Lady Macbeth se apresenta quase masculina. Não se trata de uma MULHER passiva ou submissa. Ela é ambiciosa, manipuladora, dominadora. Uma Mulher sem escrúpulos. Capaz de tudo para obter o que deseja. Uma poderosa peça no jogo do poder. E ela quem arquiteta toda a conspiração e conduz o marido à ação. Posteriormente é consumida pela culpa, enlouquece e aparentemente se suicida. Uma das melhores personagens femininos já escritas.

Uma outra personagem marcante, controversa, que já gerou discussão, é Catarina – A Megera Domada. Através dela, Shakespeare defende os direitos da mulher e critica o machismo com muito humor.


















A indomável e geniosa Catarina é uma bela mulher que não admite ser subjugada. Tem seus valores, defeitos, qualidades, emoções, fraquezas, forças. Catarina, assim com todas as mulheres de Shakespeare, é humana. Uma mulher fascinante. Vale a pena conhecê-la. Assim como as demais.


Ah, as mulheres de Shakespeare...
Passo a palavra ao autor.


“Se te comparo a um dia de verão

És por certo mais belo e mais ameno

O vento espalha as folhas pelo chão

E o tempo do verão é bem pequeno.


Ás vezes brilha o Sol em demasia

Outras vezes desmaia com frieza;

O que é belo declina num só dia,

Na terna mutação da natureza.


Mas em ti o verão será eterno,

E a beleza que tens não perderás;

Nem chegarás da morte ao triste inverno:


Nestas linhas com o tempo crescerás.

E enquanto nesta terra houver um ser,

Meus versos vivos te farão viver.


(Soneto 17 – Willian Shakespeare)





As mulheres de Shakespeare viverão para sempre, em suas obras. Shakespeare é um enigma para muitos. Um visionário.
Um gênio. Um mestre para outros.

Leitura obrigatória.

(Kris Rikardsen)




http://www.autores.com.br/index2.php?option=com_flashmagazinedeluxe&Itemid=0&task=show_magazine&mag_id=3

24 de jan. de 2010

As 7 VIRTUDES


Sete Damas

Sete Guardiãs

Sete Virtudes

Esquecidas e Renegadas


Sou a Simplicidade

Sou uma das virtudes

Não sou artificial ou extravagante

De brilho falso

Meu brilho é cristalino

Tenho prazer nas coisas simples (da vida)

Sou livre

Verdadeira

Sou uma mulher de verdade

De beleza natural e singela

Sou feminina

Lírio do Nilo

Símbolo de Magia

De pureza e dignidade

Tenho a inocência de uma criança.


Sou a Senhora

A Grande Mãe

Fonte de Vida e de Morte

Conhecedora da essência humana

Sou imparcial

Sou justa

Sou nobre

Sou soberana

Sou uma MULHER

Charmosa

Elegante

Sou pedra preciosa

Sou luz

Sou uma das virtudes

Sou Astréia

Sou Têmis

Sou Maat

Deusa da Justiça e da Verdade

Sou o equilíbrio,

a harmonia cósmica

Sou a ordem intrínseca da natureza

Regio às Leis do Universo

Ninguém escapa da minha justiça.


Sou Íris

A mensageira

Deusa e Anjo

Flor e Mulher

Sou sutil

Suave brisa

Sou a essência

Fonte de equilíbrio e moderação

Conheço as verdades ocultas da alma

Sou um das sete virtudes


Sou Métis

Sou Atena

Sou a guardiã

Intuitiva e inteligente

Precavida e cautelosa

Sou aquela que tudo sabe

Deusa da consciência

Deusa onisciente

A grande Sacerdotisa

A conselheira

A quarta virtude

Sou pedra preciosa

Discreta dama

Sou a amiga

Sou a mãe

Sou a Mulher.


Sou a quinta virtude

A mais difícil das virtudes

Sou filha da terra

Sou filha dos homens

Guardiã dos mistérios femininos

Sou um sentimento

puro e sincero

Sou a personificação da verdade

Sou inexplicável

Deusa da plenitude,

renúncia e devoção

Sou flor de Lótus

Sou franca

Não tolero falsa modéstia

Não me protejo em ninguém

Tampouco me mostro superior

Sou o que sou

Mulher forte

Preciosa virtude.


Sou dona das minhas emoções

Sou compassiva e atenciosa

Persistente e perseverante

Tranquila e pacata

Sou o lírio da paz

Pomba branca

Deusa

Rainha e senhora

Sou a guardiã

A esperança

O silêncio

A pacificadora


Sou cisne branco

Mulher virtuosa

Aquela que ama

Sou afetuosa

Abnegada

Benevolente

Generosa

Sou símbolo de amizade

O despertar

O desprendimento

Sou o sol que aquece

Sou rosa

O azul

Sou dama e senhora

A doadora

A protetora

Deusa da Compaixão

Sou a última virtude

quase esquecida e renegada


18 de jan. de 2010

Quantos livros você lê por ano?

Navegando pela internet deparei casualmente com o Blog Pó dos livros. Nela havia uma postagem bem interessante que quero compartilhar com vocês. Dias depois encontrei a mesma postagem no Blog Vísceras Literárias.

Claro que retrata uma realidade europeia, no entanto é algo a se pensar. Por que aqui no Brasil se ler tão pouco? Pelo padrão europeu somos considerado ....




O BÁSICO
- de 0 a 0 livros por ano

Características: De raciocínio lento, não consegue verbalizar um pensamento de forma minimamente estruturada.
Culturalmente: Uma nulidade.

O IGNORANTEde 0 a 1 livro por ano

Características: Pouco mais consegue do que verbalizar ideias feitas.

O DESINTERESSANTEde 1 a 5 livros por ano

Características: Verbaliza as ideias de forma estruturada, mas não tem opinião própria.

THE ORDINARY PEOPLEde 5 a 10 livros por ano

Características: É bilingue, tem opinião, verbaliza de forma cuidada e inteligente.

O INTELECTUALde 10 a 20 livros por ano

Características: É pago para ser ouvido e tem opinião sobre tudo.
Culturalmente: Sabe tudo o que os outros sabem, para além daquilo que os outros não querem saber.

O ERUDITOde 20 a 40 livros por ano

Características: Rápido, eloquente, com ideia próprias e poliglota.

O NERDde 40 a ∞ livros por ano

Características: Sem dados (ninguém o vê, porque está sempre escondido atrás de um livro).
Culturalmente: Não tem vida social de espécie alguma.

12 de jan. de 2010

VALKYRJA


Sou uma Valquíria.

Flor silvestre

Feroz guerreira

Testemunha do tempo.

Sou a Grande Dama

A filha de Odin

Guardiã de Vahall.


Sou como o mar

Tranquilo

Revolto.

Possuo a doçura de uma fada

O fel de um escorpião.

Sou a força do vento

A tempestade

O grito de batalha

O escudo

A vida e a morte.

Sou a vitória.


Sou lendária

Poderosa

Amada e desejada

Admirada e temida

Verdadeira soberana

Rainha ou deusa

Tenho o dom da profecia

Sou a lua nova

A bela safira.


Galopo como o relâmpago.

Sou a aurora boreal

O cisne que desliza

graciosamente pelo lago.

Sou a gavião

que voa alto

cruzando os fiordes.

Sou o espírito da natureza

A concedente da liberdade.


Sou parte do mistério

do Universo

Sou a história

Pedra

da sabedoria nórdica

Sou o refúgio

dos bravos guerreiros

Flor de centáurea

A musa das artes

Defensora das tradições.

Sou a Deusa

A Mulher.

7 de jan. de 2010

Flor dos Sertões

Deparei-me
Nos confins da terra
Com uma flor
Desconhecida
Rara
De beleza singular
De cor única
Soberana
De perfume envolvente
Abrangente

Uma flor
Um doce oásis
Um belo luar

De sentimentos
Fortes
Profundos
De modos graciosos
Silenciosa
Flor da terra
Flor Saturnina

Carismática
Persistente
Corajosa
Flor valiosa
Flor guardiã
Olho de tigre

Laranja
Vermelho
Azul
Cor do fogo
Estrela guia
Mãe
Senhora

Flor da tarde
Flor dos Sertões
Mulher

5 de jan. de 2010

Zana

Sou todas as mulheres,

de todas as idades,

de todos os lugares,

de todas condições sociais e crenças


Sou loira, morena, ruiva, mulata, negra, oriental

Magra, gorda

Alta e baixa


De cabelos compridos ou curtos

De olhos claros ou escuros

Casada, divorciada, solteira...


Tenho todas nacionalidades

Sou cidadã do mundo.

2 de jan. de 2010

Não tente entender a alma de uma mulher...

Não tente entender a alma de uma mulher sem antes amá-la.

Somente quem ama uma mulher em sua essência

pode compreender o que lhe passa na alma.

Não estou me referindo ao amor carnal,

este tudo o que enxerga é a aparência, o exterior.

Para se entender uma mulher, precisa enxergá-la.

Ir bem fundo, impregnar-se,

desvendar todas as camadas até atingir-lhe a alma,

o que nela está oculta.

Poucos homens sabem amar uma mulher.

Poucos serão capazes de penetrar-lhe na alma.

Passarão a vida sem entendê-la.

Sua namorada, esposa, companheira, amiga, mãe, irmã

nada mais são do que completas estranhas.



Muitas mulheres também são incapazes

de conhecer a alma feminina.

São estranhas de si.

Ao menos são capazes de se amarem, se respeitarem.

Estão perdidas num mundo irreal,

presas a aparências, escondidas de si mesmas.

E passaram pela vida sem se conhecerem realmente.

Se deixando corromper, usar-se como mero objeto,

seduzir-se, enganar-se por uma fantasia.

Numa fuga alucinante e insensata.

Poucas se dão conta disso.

Esqueceram o que é ser uma mulher, em sua plenitude;

o que isso significa.

Se afastando cada vez mais de sua essência,

tornando-se vazia, oca.

Apenas um corpo sem alma.


A perfeita negação do ser.

Profanando o sagrado.



Outras desconhecem completamente tal significado.

As mulheres que deviam transmitir-lhes tais conceitos

falharam na missão por ignorância ou

simplesmente por negarem tal conhecimento.

Se deixaram corromper por falsas promessas,

por atitudes impensadas

afastando-se de sua essência.

Valores errôneos foram passados a estas meninas

como se fossem legítimos, genuínos.

E cada vez mais a essência feminina e sagrada é enterrada,

jogada num abismo sem fundo.




Outras, apesar das adversidades,

carregam tal sabedoria enraizado em si.

Estas ouvem a voz da alma que as orienta e

as aproxima de si mesmas.

São a esperança de que tal conhecimento

não se perderá no espaço nem no tempo.

São sacerdotisas,

guardiãs do conhecimento milenar

encarregadas de manter o equilíbrio cósmico.

São mulheres únicas, especiais, inteiras.


Ser mulher não está na aparência,

ter roupas da moda, um corpo sarado,

ser desejada, ter status, gerar filhos,

“conseguir” um bom casamento,

ser amada ou ser bem-sucedida na carreira.

Várias mulheres têm tudo isso

e se sentem vazias, infelizes.




As mulheres, antes sufocadas, reprimidas,

tornaram-se mulheres independentes,

donas de seus desejos e vontades.

Lutamos tanto por igualdade,

mas esquecemos de preservar

valores básicos à nossa natureza.

Não somos superiores aos homens, nem inferiores.

Somos diferentes.

E devemos preservar estas diferenças.

Tais diferenças é que nos tornam especiais, únicas.




Sei que poucos entenderão o teor das minhas palavras.

E isso é até natural no mundo em que vivemos,

onde valores primordiais foram esquecidos,

negados, rejeitados, distorcidos.

Tudo passou a ser muito normal, corriqueiro.

Tudo o que importa é o TER,

o status, a beleza fugaz.

Não importa o preço que se paga por isso.

O SER perdeu sua importância.

Não é à toa que vivemos num caos.

Estamos colhendo apenas o que plantamos,

por desprezar princípios básicos à vida.

É o preço que temos que pagar

por nossa falta de responsabilidade
diante à vida e ao planeta.

Por acaso nos tornamos deuses?

Esquecemos, ou melhor, preferimos ignorar que

para ter liberdade é necessário ter,
antes, responsabilidade.

Somos tão arrogantes

que desafiamos às leis do universo.



Pobres mortais!

Não passamos de poeira cósmica neste vasto universo.

Seríamos aniquilados uma fração de segundos.