24 de dez. de 2011
18 de dez. de 2011
12 de dez. de 2011
Objetivo de Fim de Vida
Ainda sou útil, apesar da idade avançada. O meu cérebro não perdeu o vigor.
Sinto que absorveu muito e que nunca esteve tão bem alimentado.
É errado pensar que a velhice é um declive por onde vamos caindo:
muito pelo contrário, subimos, e a passos largos, surpreendentes.
O trabalho intelectual faz-se tão rapidamente como nas crianças o trabalho físico.
Não é que não nos aproximemos do fim da vida, mas fazemo-lo como se fosse um objetivo,
e não o derradeiro e fatal baixio onde encalharemos para sempre.
Sinto que absorveu muito e que nunca esteve tão bem alimentado.
É errado pensar que a velhice é um declive por onde vamos caindo:
muito pelo contrário, subimos, e a passos largos, surpreendentes.
O trabalho intelectual faz-se tão rapidamente como nas crianças o trabalho físico.
Não é que não nos aproximemos do fim da vida, mas fazemo-lo como se fosse um objetivo,
e não o derradeiro e fatal baixio onde encalharemos para sempre.
George Sand, in 'Diário Íntimo'
6 de dez. de 2011
Desprezo e receio
Já notei que a maior parte dos homens se sente
açulada e indignada quando, em pleno combate moral,
recorremos à ternura e ao afeto.
É vê-los feras amansadas e apanhadas de surpresa assim
que recorremos à violência ou à dureza. Raça detestável!
Tal preceito mantém-se praticamente inalterável
no que respeita ao amor.
Realidade estranha e deplorável, pois, em muitos casos,
é igualmente aplicável à amizade; realidade pavorosa, desesperante,
mas inevitável, necessária à subsistência das nossas sociedades,
dos governos mais democráticos aos mais despóticos.
Quando não é refreado nem reprimido,
o homem aproveita imediatamente para cometer abusos.
Despreza quem o receia e maltrata quem o ama;
receia quem o despreza e ama quem o maltrata.
George Sand, in 'Diário Íntimo'
Fonte:
http://www.citador.pt/textos/desprezo-e-receio-george-sand
açulada e indignada quando, em pleno combate moral,
recorremos à ternura e ao afeto.
É vê-los feras amansadas e apanhadas de surpresa assim
que recorremos à violência ou à dureza. Raça detestável!
Tal preceito mantém-se praticamente inalterável
no que respeita ao amor.
Realidade estranha e deplorável, pois, em muitos casos,
é igualmente aplicável à amizade; realidade pavorosa, desesperante,
mas inevitável, necessária à subsistência das nossas sociedades,
dos governos mais democráticos aos mais despóticos.
Quando não é refreado nem reprimido,
o homem aproveita imediatamente para cometer abusos.
Despreza quem o receia e maltrata quem o ama;
receia quem o despreza e ama quem o maltrata.
George Sand, in 'Diário Íntimo'
Fonte:
http://www.citador.pt/textos/desprezo-e-receio-george-sand