30 de mai. de 2012

John Milton

"Não acuse a natureza, ela faz a parte que lhe cabia. Agora, faça a sua." 

"A paz não corrompe menos do que a guerra devasta." 

"Na música reside um doce poder persuasivo." 


"Onde há uma grande vontade de aprender, 
haverá necessariamente muita discussão,
 muita escrita, muitas opiniões; 
pois as opiniões de homens bons são apenas conhecimento em bruto." 

"A juventude mostra o homem tal como a manhã mostra o dia." 

"Os prazeres intelectuais são de uma qualidade mais elevada do que quaisquer outros." 

"A fama não é uma planta que cresça em solo mortal."  

"Ninguém pode amar a liberdade sinceramente, senão pessoas boas; 
as demais amam não a liberdade, mas a licenciosidade." 

"A mente não deve ser modificada pelo tempo e pelo lugar.
A mente é o seu próprio lugar, e dentro de si
Pode fazer um inferno do céu, do céu um inferno."

"Ninguém pode amar a liberdade sinceramente, senão pessoas boas; as demais amam não a liberdade, mas a licenciosidade."

"Os prazeres intelectuais são de uma qualidade mais elevada do que quaisquer outros."

"A mente não deve ser modificada pelo tempo e pelo lugar.
A mente é o seu próprio lugar, e dentro de si
Pode fazer um inferno do céu, do céu um inferno."
(Jonh Milton)



John Milton
, escritor inglês, foi um dos principais representantes do classicismo de seu país, e autor do célebre livro O Paraíso Perdido,  um dos mais importantes poemas épicos da literatura universal. Foi político, dramaturgo e estudioso de religião. Apoiou Oliver Cromwell durante o período republicano inglês, porém foi preso e acabou por ficar cego; na prisão, ditou o Paraíso Perdido, sua obra-prima, que conta a história da queda de Lúcifer,  foi publicado em 1667.  Quatro anos mais tarde, lança o livro Paraíso Recuperado, uma sequência do primeiro poema, trata da vinda de Cristo à Terra reconquistar o que Adão teria perdido.



Milton foi educado na St Paul's School, em Londres. Estava destinado originalmente a uma carreira eclesiástica, mas a sua independência de espírito levaram-no a desistir. Matriculou-se no Christ's College e ali estudou durante sete anos, antes de tornar mestre em  Artes cum laude (com louvor).

 Ao terminar os seus estudos, em discíplinas como teologia, filosofia, história, política, literatura e ciência, Milton foi considerado um dos mais bem preparados e educados poetas ingleses de sempre. Num poema em latim, provavelmente composto na década de 1630, Milton agradece ao seu pai todo o apoio que recebeu no seu período escolar.

Após terminar os seus estudos, em 1638, Milton realiza uma viagem pela França e Itália, tendo tido oportunidade de conhecer o astrónomo italiano Galileu Galilei. Com 33 anos, Milton casa-se com Mary Powell,  de 16 anos de idade. Um mês depois, ela visita os seus pais e não regressa. Nos três anos seguintes Milton publica uma série de panfletos defendo a legalidade e moralidade do divórcio. O primeiro, intitulado The Doctrine and Discipline of Divorce (A doutrina e disciplina do divórcio), no qual ele ataca a lei do casamento inglesa (a qual era uma quase completa transcrição das leis medievais da Igreja Católica, sancionando o divórcio apenas em casos de consaguinidade). Em 1645,  Mary finalmente regressa. Tiveram quatro filhos: Anne, Mary, John, e Deborah. A sua esposa Mary morreu a 5 de maio de 1652, de complicações de parto, após o nascimento de Deborah, o que afetou profundamente Milton, como se torna evidente no seu 23º soneto.Em 12 de novembro de 1656,  Milton casa-se com Katherine Woodcock.  Ela faleceu a 3 de Fevereiro de 1658,  menos de quatro meses de dar à luz sua filha Katherine, que igualmente faleceu a 17 de Março. Em 24 de fevereiro de 1663, Milton casa-se com Elizabeth Minshull, que dele cuidou até ao seu falecimento, a 8 de Novembro de 1674.

Obras principais

  • L'Allegro (1631)
  • Il Penseroso (1633)
  • Comus (a masque)(1634)
  • Lycidas (1638)
  • Areopagitica (1644)
  • Paradise Lost ( O Paraíso Perdido)  (1667)
  • Paradise Regained (Paraíso Recuperado)  (1671)
  • Samson Agonistes (Sansão Guerreiro) (1671)
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Milton

24 de mai. de 2012

A Bela Adormecida

Estou alegre e o motivo beira secretamente à humilhação,
porque aos 50 anos não posso mais fazer curso de dança,
 escolher profissão, aprender a nadar como se deve.
 No entanto, não sei se é por causa das águas,
deste ar que desentoca do chão as formigas aladas,
 ou se é por causa dele que volta e põe tudo arcaico, 
como a matéria da alma, 
se você vai ao pasto,
 se você olha o céu,
 aquelas frutinhas travosas,
 aquela estrelinha nova, 
sabe que nada mudou. 
O pai está vivo e tosse, 
a mãe pragueja sem raiva na cozinha. 
Assim que escurecer vou namorar. 
Que mundo ordenado e bom! 
Namorar quem? 
Minha alma nasceu desposada com um marido invisível. 
Quando ele fala roreja quando ele vem eu sei, 
porque as hastes se inclinam. 
Eu fico tão atenta que adormeço a cada ano mais. 
Sob juramento lhes digo: tenho 18 anos.
 Incompletos. 
(Adélia Prado)

16 de mai. de 2012

Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto, 
desses que tocam trombeta, anunciou: 
vai carregar bandeira. 
Cargo muito pesado pra mulher, 
esta espécie ainda envergonhada.
 Aceito os subterfúgios que me cabem, 
sem precisar mentir. 
Não sou tão feia que não possa casar, 
acho o Rio de Janeiro uma beleza 
e ora sim, ora não, 
creio em parto sem dor. 
Mas o que sinto escrevo. 
Cumpro a sina. 
Inauguro linhagens, fundo reinos -- 
dor não é amargura. 
Minha tristeza não tem pedigree, 
já a minha vontade de alegria, 
sua raiz vai ao meu mil avô. 
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. 
Mulher é desdobrável. 
Eu sou.
 (Adélia Prado)

8 de mai. de 2012

O Tempo




O Tempo
O que é o Tempo?
O que somos nós?

Somos fragmentos
Testemunhas da História
Reféns
Personagens
de um TEMPO.
Imperscrutável Tempo
Mola do Universo
Infinito
O Tempo.

Ah, Tempo!
Invencível Tempo
Fragmento de mim
Da História.
O que é o Tempo?
O que somos nós
sem o Tempo?
Somente o TEMPO
Nada mais que o Tempo
Sobrevive ao Tempo.
Somos pequeninos
Grãos de areia
Comparado ao tempo.

Corre o tempo
Cruza o tempo
Rege o tempo
O seu próprio TEMPO.

Faz-se a História
Lembranças e memórias
de um tempo.
Pulsa o Tempo
Narrando a História
O Tempo.

Vê o Tempo
O que os olhos não veem.
Fala o tempo
O que somos incapazes
de ouvir.
Vai o tempo
Desvenda o tempo
Expõe o tempo,
As feridas.

Cura o tempo
Sopra o tempo
Destroí o tempo,
As ilusões.
Siencioso tempo.

O Tempo
Do Tempo
No Tempo
Filosofa o tempo.
O Tempo não passa
Passamos nós.

Misterioso tempo
Mestre e senhor
Enigma da criação.
Avança o tempo...
(O tempo não para.)

(Kris R.)

4 de mai. de 2012

Hoje!!

Marla de Queiroz

Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais
até quando você me abraça.
E eu acordo triste,
e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida
como quando a gente leva um tombo no piso liso…
que é só o passado.
É como se eu sentisse um ciúme horroroso 
do meu livro predileto comprado em sebo,
a dedicatória apaixonada que não é a minha,
os resquícios do manuseio de outras mãos.
Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava 
quando grifou à caneta algo que não pude apagar
com borracha e que era tão secretamente meu.
Desenhou corações onde só havia minha dor e
eu discordei da interpretação alheia. 
E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz.
Mas permaneci com o livro no colo,
cheia de um afeto confuso por ele:
afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém,
e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade.
Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo.
Perdoa o meu senso de autoimportância, 
já que não consigo perdoar o meu egoísmo.
Eu sei que em alguns presentes, no embrulho,
laços do passado são aproveitados.
Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos:
desses que doem nos olhos e no coração.